"Junto à sua necessidade de agradar, jamais experimentara em seu coração outro sentimento a não ser leves curiosidades... elas terminavam logo. Suas emoções amorosas não duravam; ela se cansava rapidamente. Via, talvez, os fatos, com muita clarividência! Todos os admiradores se pareciam, pois todos a deixavam aborrecida. Contudo procurava-os com avidez. Desiludira-se com todos os seus iniciantes romances; esperava muito deles, mas encontrava pouco; mormente entre homens ilustres os defeitos pareciam maiores do que as suas qualidades. Aquele abandono de sua ternura provinha - e não havia outra alternativa - da preguiça de seu coração. Ela possuía um coração indolente, inconstante. Eu o amo, mas me falta o entusiasmo preciso; é uma debilidade de minha natureza.
Ninguém mais pode substituí-la."
(g. de maupassant)