sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Hoje o amor, tênue felicidade, transformou-se num sentimento banal, que tem a eternidade de uma borboleta. Sentir, sem que se veja, a quem se adora. Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos. Segui-la, sem poder fitar seus olhos. Amá-la, sem ousar dizer que amamos. O incômodo de nossas vidas, o maior dos sentimentos humanos, não saber se se ausenta ou se te espera, aflição de te amar, se te comove, paixão que escraviza, amar e ter medo de amar demais; amar demais assusta o outro, porque excesso de amor acaba, fatalmente, causando dor, que cirscunstancialmente nos fortalece cada dia mais. Pobres amantes somos todos, homens e mulheres, quando mordidos pela desconfiança. Não queremos amar demais porque temos medo de sofrer. Simpatia, amizade, amor. Temos medo de sofrer porque somos inseguros. Está certo, concordo que uma paixão possa ser inconveniente, perigosa até, proporcionando escândalos e mesmo crimes passionais, mas convenhamos que é também agradável sentir-se avassaladoramente amado. Fosse como um relâmpago na noite escura. Via tudo clara e luminosamente por alguns poucos segundos e depois era só silêncio, escuridão e nada mais. Amor secreto, não realizado materialmente, que ficou sempre ao contrário dos outros pode ser confessado: paixões impossíveis e inofensivas. Isso é amor, e desse amor se morre!

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