domingo, 19 de dezembro de 2010
Da manhã chuvosa às tardes gris se consegue sempre enxergar pela janela um certo estado de espírito que não se encontra em muitos lugares. Paz não há. As coisas rumam fora de controle mas sempre tomando os melhores caminhos. Um certo vínculo eterno com o banco, com o sofá. Ah, tem o sofá também: esse sim. As descobertas e a coberta; entre. O relógio invertido trocando o sol pela lua. Ah, quanto tempo eu não os via, tão bonitos. Será? Tanto faz, já que lacrado dentro de um estabelecimento não se vê nada (só o rair da manhã), apenas sente, e como sente. Quantos já não passaram por isso? Isso se referindo a mim, é fácil. E como é fácil. Agora quando a opção é esperar na fila segure na mão de Deus e vá, oferenda. Não tem como, é tudo tão relativo nesse ponto ou naquele ponto, sempre as coisas vão mudando cada vez mais, pessoas são coisas (que maneira cética de tentar compreender a massa) e tudo é questão de estar preso numa ilusão. O medo que vai subindo pela cervical é tão intenso que você até pensa em parar, mas ele às vezes é apenas um arrepio e é impossível quando você já não tem mais controle do que está fazendo, nem de quem está fazendo. Só pare. Não, não pare! Não consigo me decidir, entende? É, isso é bem característico de todo mundo, literalmente todo mundo, decida por mim. Tanto faz também. Eu não sei se é bem isso que eu queria dizer. Eu tento e nunca vai pra frente. Eu anoto num papel mas ele sempre some. Queria estar preso ao tempo, preso numa noite como aquela, onde tudo nunca parecia acabar (como a minha playlist) e o tempo corria tão devagar. Passar por essa tortura a cada dia vai me desgastando cada vez mais, mas eu gosto de lembrar, me dá "forças" pra alcançar meus objetivos. Isso tudo são lições que a gente carrega pra todo o sempre, como uma tatuagem queimada na pele ou como uma fila imensa...
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